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terça-feira, 22 de setembro de 2009

ENTREVISTA

O Azenha tem a palavra família no lema. Como em qualquer família, brigas são comuns, mas logo esquecidas. Ao mesmo tempo, a união e companherismo são características marcantes e ideais em qualquer relacionamento familiar. Assim é o Azenha: nem sempre nas nuvens, mas com muita personalidade para não deixar a bola cair. Depois de um período complicado, em que o futebol caiu de qualidade, a moral dos atletas foi abalada e a estrutura do time precisou passar por mudanças importantes, a Família Azenha está em plena recuperação.

O time entrou na Copa Uefa sem grandes pretensões. Queria chegar entre os oito, talvez os quatro melhores. Hoje o título já é um sonho palpável. As palavras do Camisa 10 da equipe, Rafael Pollo, que entre as quatro linhas atende por Chupeta, são um retrato da mudança de atitude do Azenha. A entrevista concedida ao blog mostra que a determinação e a união entram em campo junto com os jogadores.

Blog do Azenha: O Azenha enfrentou problemas na última temporada e no primeiro semestre deste ano. Depois de ser "sensação" na várzea, o time parece ter perdido o entusiasmo e o grupo se enfraqueceu. O que aconteceu? Dá pra explicar a queda de rendimento?

Chupeta: Bom, a queda de rendimento do Azenha, na minha opinião, tem explicação sim: perdemos alguns jogadores importantes como Arabia e Cigano, que foram para o ABC, Nando e Thiago, excluidos da Copa Farroupilha, lesões e alguns problemas entre os próprios jogadores influênciaram para a queda de rendimento da equipe.

BA: No primeiro semestre, o Azenha disputou a Copa Farroupilha. Teve bons jogos, mas o time sempre perdia o gás no segundo tempo. Na Uefa, existe uma mudança de atitude? Mais comprometimento?

CH: Na Copa Farroupilha, estávamos com um grupo reduzido, tivemos 5 atletas excluídos e outros machucados, a comissão técnica trabalhava com no máximo 12/13 jogadores. Em uma competição forte, se você não tem plantel, paga o preço e foi o que aconteceu. Na Copa UEFA, estamos com um grupo bom, sem contar os que estão voltando de lesão. E o comprometimento dos atletas está fantástico.

BA: O time foi montado por um grupo de amigos, mas nesta temporada alguns jogadores de fora foram agregados (Chapolim, Ricardo, Leandro, André Babareco, Riba, Góis, André Bassani). Isso muda a relação da "família Azenha"? Como lidar com os novos atletas e agregar ao grupo sem provocar ciúmes, por exemplo?

CH: Não muda nada. O Azenha sempre recebeu novos atletas de braços abertos. Temos pessoas maravilhosas dentro do grupo e todos esses que chegaram são excepcionais. Tenho certeza que não terá diferença nenhuma de um jogador para o outro e o espaço tem que ser buscado dentro do campo, dessa forma, não teremos problemas nenhum.

BA: O time parece ter atingido um ideal que poucas equipes de várzea conseguem: ter um banco de reservas. Como isso é possível? Como motivar um atleta que nem sabe se vai jogar?

CH: Te respondo com a maior segurança: se não tivessémos um banco de qualidade, tínhamos perdido os 2 jogos. Os jogadores que entraram deram uma resposta maravilhosa, não só na parte técnica, mas a garra de quem entrou foi muita. E a motivação é essa, demonstrar que pode ter um lugar no time titular.

BA: Mesmo sendo campeonato de várzea, o Azenha sentiu a necessidade de chamar alguém para o comando técnico. Houve medo de que a contratação de um treinador pudesse desagregar ou profissionalizar demais o time?

CH: Da minha parte, o medo foi desagregar o grupo, achei que alguns iriam se opor, mas deu tudo certo e hj o pessoal entende a necessidade do técnico.

BA: Que avaliação faz do trabalho do Marcelo?

CH: Nota 10. Eu não trouxe o Marcelo porque ele é meu amigo e sim porque ele tem um currículo de vitórias na várzea de Porto Alegre. O Marcelo entendeu o projeto e após ver a qualidade dos jogadores topou dirigir o time. Foi a melhor contratação do Azenha na temporada.

BA: Ao final da Copa Farroupilha, os atletas chegaram a questionar a participação do Azenha na Uefa. Por causa da saída de muitos jogadores, pouco se falava em entrar para ganhar a competição. Hoje o time já tem outra mentalidade? O Azenha é capaz de levantar a taça?

CH: A mentalidade mudou. O Azenha voltou a jogar um futebol alegre e dinâmico. Temos plantel para almejar a taça. Um passo de cada vez. Vencemos um time difícil que é o Aliança, subimos mais um degrau, mas agora temos o Barcelona, que joga um futebol refinado. Aproveito para recrutar toda a família Azenha, colaboradores, amigos, etc, para assistirem esse jogo, pois será um dos melhores da competição, isso eu garanto. E nossas vitórias, são dedicadas aos que estão forA: Ninho, Tiago e Arabia. Esses aí fazem os que estão lá dentro jogar com a faca nos dentes.

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