“Não sei se eu sou exceção... mas juro que não me importo com esta paixão do Gui por futebol - e olha que não é pequena. Ao contrário! O futebol pode ser de várzea, mas a dedicação é bem séria. Cada vitória, muitas alegrias e bom humor. Cada derrota, o oposto. O extremo oposto, aliás... Mas mais que não me importar, eu entendo. Entendo, e respeito. Até porque também gosto de futebol! O que me impressionou no começo do namoro foi esta paixão dele pelo futebol dos fins de semana. Paixão e dedicação. Hoje já me acostumei. E confesso: o Azenha já me conquistou!”
E quando o namorado não joga? Perder a companhia no final de semana não é fácil. O Rodrigo está afastado dos gramados há meses. A Michele não é uma das freqüentadoras mais assíduas dos campinhos, mas ausência não quer dizer indiferença.
“É claro que ser mulher de jogador de várzea não chega nem perto do "glamour" conferido às mulheres dos jogadores profissionais. Só nós sabemos dos perrengues enfrentados, inclusive pela ausência deles em praticamente todos os finais de semana. Das várias vezes em que temos que ser enfermeiras, massagistas, psicólogas, mas principalmente compreensivas, antes, durante e depois de cada jogo, a cada campeonato. E ainda assim, vestimos a camisa e torcemos pra valer por nossos atletas. Afinal, sabemos que mesmo sem grana e sem holofotes, sem camarote ou área vip, eles entram em campo e jogam motivados por um sentimento muito maior, a amizade, e só por isso já vale a pena!”
Sabem início de namoro? Aquela coisa de que tudo é lindo, maravilhoso? Pois quando o Rafa Folmann chegou ao Azenha, teve gente que disse que essa contratação era mais importante que a do irmão. Foi um amor a primeira vista, embora a frase pareça um pouco estranha, já que este é um blog de futebol, mas foi mais ou menos isso que aconteceu: ele encaixou na equipe. E se o time ganhou um jogador, o Azenha ganhou uma torcedora. Digamos que a Nat ainda está na fase de início de namoro... A torcida dela é ainda é mais pelo Rafa que pelo Azenha, mas isso passa...
“Ser mulher de boleiro não é a coisa mais fácil do mundo, mas participar de cada vitoria é satisfatório. Sabemos desde o começo que os sábados são mortos, mas participar dos jogos também é uma forma de estar junto e, sendo várzea ou profissional, o jogo corre da mesma forma. Sofremos com cada empurrão que eles recebem e vibramos com cada tirada de bola ou chute a gol. Acordar cedo no sábado, deixar de fora a festa de sexta, passar fins de semana quentes em Porto Alegre e muitas outras coisas que abro mão é um bom exemplo pra dizer o quanto gosto de estar com o meu boleiro! Hehehe”
Mas os boleiros também não devem ficar se achando a última bolachinha do pacote. Dia de futebol, também pode significar um dia para a mulherada fazer o que der na telha e sem dar satisfação! Quem explica é a Giordana, que aproveita os dias de futebol para driblar a marcação cerrada do zagueiro Rick.
“Quando eu só namorava com o Rick, não curtia muito esse lance de futebol porque nós nunca podíamos ficar juntos. Se tinha alguma festa ou formatura e o jogo era tarde ou se estendia com churrasco, eu sempre chegava atrasada e era odiada da cara. Mas agora que a gente mora junto, que estamos sempre juntos, até gosto que role esse futebol, assim tenho meu tempo livre pra fazer as coisas de casa e as minhas coisas sem ter que ficar avisando hihihi. Acho que meu marido tem que ter o seu momento de lazer e o Rick ama muitoooooo jogar bola. E é bom também porque já faz um exercício, né?! Bom, eu tô "acompanhando" o Azenha há pouco mais de um ano e torço bastante pelo time. Pena que nesse tempo todo só vi o Rick fazer um gol hahahaha... E ainda foi no primeiro jogo que eu fui onde recém tínhamos começado a namorar!”
E se vocês acham que este texto está muito mulherzinha e cheio de mimimi, é justamente para que vocês não esqueçam que quem lhes escreve é a Mari, mulher de um ex-jogador (ops), eterno capitão e integrante da comissão técnica. Uma torcedora apaixonada por futebol e que só abre mão do Azenha pelo Grêmio.
"A minha experiência com o Azenha é engraçada. Acho que minha presença não espanta, nem incomoda, talvez os recém chegados fiquem um tanto espiados. É um ambiente totalmente masculino com coçadas de saco, cusparada, palavrões, uma briga pra animar, troca de roupa no carro... Às vezes eu até acho que eles me esquecem! Mas eu não esqueço deles! Nem em dia de chuva, nem em dia de amistoso, nem quando o meu casamento está em crise, nem quando o meu namorido não vai! Lá no começo do Azenha, quando o Ninho ainda jogava, confesso que acompanhar o futebol de sábado não era meu programa preferido. Não sei exatamente quando a situação mudou, mas, se tem muito namorado que não gosta de levar a namorada pro jogo, tem dias que eu acho que o Marco Antônio gostaria que eu ficasse em casa... só pra eu não brigar, não xingar e não fazer confusão! Ah, mas eu não fico! Não fico porque sempre me divirto. Não fico porque gosto de futebol. Não fico porque gosto de todos os guris do Azenha. Não fico porque fiz bons amigos no futebolzinho de sábado".
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